Uma parceria firmada entre a Sociedade Rural do Paraná e a Ong Meio Ambiente Equilibrado (MAE), entidade ambientalista de Londrina, vai propiciar que a ExpoLondrina 2010 reduza e neutralize as emissões de gases de efeito estufa (GEE). Outra ação ambiental, proporcionada pela parceria, será a realização inédita do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do evento.
“São projetos importantes. A SRP tem preocupação e compromisso com o meio ambiente e vem, a cada ano, avançando na implementação de ações ambientais”, comenta o presidente da SRP, Alexandre Kireeff.
A redução e neutralização das emissões de GEE serão contempladas pelo projeto Ambiente Neutro. Após calcular toda a movimentação da festa - público esperado de 500 mil em 11 dias – a Ong transformará o total de Gás Carbônico (CO2) em árvores nativas, que serão plantadas no Corredor Ecológico Parque Arthur Thomas-Tibagi, a maior área de conservação em processo de recuperação ambiental em Londrina. Este trabalho teve início há três anos.
Para o cálculo certificado pela Ong MAE são avaliadas as informações sobre a movimentação para realizar a ExpoLondrina 2010 referentes aos gastos com energia elétrica, consumo de combustíveis dos meios de transporte, quantidade de lixo produzido e outros itens específicos Em crescimento, as árvores plantadas absorvem a quantidade de carbono emitidas para atmosfera e transformam tudo na matéria que compõe o tronco das plantas.
No local, a Ong MAE mapeou e registrou com câmeras adaptadas a existência de 17 espécies de mamíferos em risco de extinção, que precisam da floresta recomposta como garantia de vida. O corredor tem 30 km e conecta o parque Arthur Thomas, a Fazenda Refúgio, o Parque Daisaku Ikeda e centenas de propriedades rurais às margens do Ribeirão Três Bocas até o Rio Tibagi.
O projeto “Na Pegada do Parque” prevê o plantio de pelo menos 500 mil mudas em 10 anos. Até o momento, o Corredor, com a neutralização de carbono de parceiros como a SRP, plantou quase 5 mil árvores em pouco mais de um ano. A previsão é de que o total de árvores necessárias para compensar todas emissões não reduzíveis da Expo cheguem a 2,5 mil nativas – o que representará 50% a mais do que já foi plantado no corredor até o momento.
Um plantio simbólico com a SRP na Fazenda Refúgio já está marcado para o dia 23, na Semana da Água na Ecometrópole. As árvores são mantidas e monitoradas pela Ong por dois anos, quando atingem porte de crescimento independente.
“A parceria com o plantio de mudas pela Expo 2010 garante que Londrina transforme em um impacto positivo toda a poluição que não é possível evitar com a realização da festa. As árvores vão garantir o seqüestro do carbono equivalente ao que foi emitido e tudo isso se transformará, aos poucos, em uma nova floresta para os animais que já descobrimos no local”, explica Eduardo Panachão, biólogo e presidente da Ong MAE.
Estudo de Resíduos
Já o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos vai identificar, pela primeira vez na história da ExpoLondrina, os diferentes tipos e fontes geradores de resíduos em todos os setores da feira, com indicações de como solucionar cada um de acordo com a destinação mais apropriada.
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